O
Mercado de Peixe é um local procurado pela maioria das pessoas que
buscam peixe fresco tanto para o consumo doméstico quanto industrial
e essa procura movimenta milhares de quilos de pescado diáriamente.
Números
que seriam positivos se não fossem as dificuldades enfrentadas pelos
pescadores da região, que amargam sérias dificuldades para manterem
vivas suas raízes caiçara e tem a pesca como a principal atividade
profissional.
Os
donos de boxes do mercado de peixes falam que costumam comprar o
produto do sul e até mesmo do exterior, desde que a atividade
pesqueira começou a entrar em declínio na região. Os comerciantes
optaram por adquirir o pescado industrializado, pois reclamam que o
pescador artesanal não entrega no prazo e ainda tem problemas de
fiscalização com os órgãos ambientais
Nos
últimos anos o litoral passa por várias modificações baseadas na
promessa de expansão econômica que gira em torno da exploração da
bacia do pré-sal.
O
proprietário de uma banca de peixes do mercado, Sandro Sostenys
Santos, 30, diz que dá preferência ao produto proveniente de
indústrias e cooperativas pesqueiras pela praticidade na compra e
entrega do peixe. Mas garante, "se tivesse uma cooperativa de
pescadores artesanais seria bom tanto para os pescadores quanto para
nós comerciantes, e isso beneficiaria também o consumidor final,
que compraria um peixe fresco e de qualidade", diz Sandro.Quem
acaba sentindo o gosto salgado do peixe na hora de comprar é o
consumidor, argumenta o aposentado Antônio Carlos de Oliveira, 67.
"Peixe não gasta com ração, e o preço do quilo de peixe se
iguala ao quilo de alcatra", diz o aposentado que costuma
comprar sempre no mercado de peixe por ter a certeza da boa
procedência do produto.