Por Klinger Branco
NOVA CARREATA DO MOVIMENTO TRINCHEIRA PATRIÓTICA PERCORRE MAIS DE 25 KM
A
Baixada Santista parece ter voltado aos velhos tempos e reencontrado
seu antigo viés político há muito adormecido. Um grupo de pessoas
apartidárias e voltadas para o bem comum resolveram chamar o povo
santista para as ruas na tarde do último domingo (03/05) e parece
que o leão da baixada voltou a rugir. Com seu início em São
Vicente, mas com seu eco verbalizando por todo o litoral paulista, o
movimento mostrou que o povo não estava morto, apenas adormecido.
O movimento Trincheira Patriótica chamou as pessoas para rua e o
povo respondeu, formando uma imensa carreata que tomou a orla da
Praia do Itararé em São Vicente se estendendo até o canal 6 na
Ponta da Praia. A passeata que
percorreu mais de 25 km e terminou em
frente ao 2º Bil (Batalhão de Infantaria Leve) reuniu uma
infinidade de carros, motos, ciclistas e pedestres, para protestar
contra os abusos cometidos pelo STF, Congresso Nacional e prefeitos
da Baixada Santista. Entre as reivindicações estavam a reabertura
do comércio, o fim da ingovernabilidade imposta pelos poderes
paralelos e a volta ao trabalho das principais categorias impedidas
pelo governo local. Se os políticos, os representantes de classe e
outras entidades não se manifestam em favor dos trabalhadores ,
nós vamos nos mobilizar, até acabar com essa politicagem suja. A
velha política que favorece apenas aos poderosos e aqueles que
estão com as suas geladeiras cheias e ficam trancados nos seus
apartamentos de mais de 200 metros
quadrados. Nós vamos continuar
lutando por aquele que precisa trabalhar; vender o almoço pra comer
a janta. E ainda conseguir pagar a enorme cota tributária que recai
sobre suas costas. Vamos lutar por todos que estão nas ruas,
desvalidos, passando fome e que terão muito mais gente ao seu lado
quando essa pandemia passar. Afirmavam, para todo mundo ouvir as
lideranças do movimento, por intermédio da voz de Allison Sales um
dos comerciantes que trabalha em prol do movimento. Se o grupo
começou modesto com o sargento da reserva Parreira do 2º Bil e
alguns amigos, hoje ganhou vulto e se
tornou uma referência na
Baixada Santista no que tange a resistência a ilegalidade e a falta
de compromisso com a democracia. O Movimento que já está ligado a
outros grupos como o Observatório Social, promete além das
passeatas, fiscalizar o dinheiro investido na pandemia sem licitação,
e trabalhar pesado para garantir a volta da legalidade e o respeito
a Constituição. Quem governa num regime presidencialista é o
presidente da república dentro da legalidade, quem quiser governar
no seu lugar que vá concorrer em 2022, antes disso quem governa é o
povo por intermédio de seu presidente eleito Jair Bolsonaro. O resto
deve respeitar dois princípios invocados recentemente por João
Dória em sua ação contra o prefeito de São Vicente. O de
Razoabilidade e o do pacto federativo e a divisão espacial do
poder, instrumentalizada na partilha constitucional de competências
legislativas, onde cada governante deve respeitar o modelo de
república federativa presidencialista. O presidente governa a nação,
os governadores seus Estados e o prefeito a sua cidade, e todos devem
trabalhar em prol da federação ou já mudamos de regime e nem
ficamos sabendo. Afirma uma das lideranças do grupo.