O
POVO FOI ÀS RUAS PEDIR A SAÍDA DE DILMA ROUSSEFF E O FIM DA
CORRUPÇÃO
Por Klinger Branco
A
manifestação anti-Dilma programada para domingo 15/03 na Avenida
Paulista, em São Paulo, atraiu a atenção de todo o Brasil, afinal,
desde as “Diretas Já” nunca se viu tanta gente agrupada no mesmo
lugar, militando politicamente. Segundo os números da Polícia
Militar, por volta das 15h00, estavam na paulista, mais de 500 mil
pessoas e esse numero em determinado momento, chegou a 1 milhão de
manifestantes. Pela estimativa é o maior números de pessoas reunido
até agora, pedindo a saída de um presidente do poder, depois das
Diretas Já. A maioria dos manifestantes vestia camisetas nas cores
verde,
amarela, azul e branca - cores da bandeira do Brasil – em
protesto a marcha vermelha, proposta dias antes, pela situação.
Muitos estavam enrolados em bandeiras, outros exibiam cartazes e
faixas de repúdio ao governo e a corrupção. A palavra de ordem era
"Basta", "Vem pra Rua", "Fora Dilma",
"Vamos Dar Um basta Nisso" os jovens na sua grande maioria
usavam nariz de palhaço. O ato que começou por volta das 11h00 em
frente ao vão livre do MASP, seguiu pacífico e reuniu jovens,
idosos e famílias inteiras. A maioria das crianças foram conduzidas
nos ombros dos pais, de onde conseguiam ter uma visão privilegiada
do movimento.
Interdição
do Metrô e fim das redes sociais -
Por volta das 15h30, a Estação Trianon do metro acabou sendo
interditada, segundo um funcionário, que não quis se identificar, o
motivo era o grande volume de pessoas, que não paravam de chegar,
mais de 2 mil por minuto, um numero assustador. Outro problema que
infernizou os manifestantes foi a falta de comunicação, o sinal de
internet acabou e os telefones não falavam, o que deixou a maioria
das pessoas sem comunicação. As redes sociais, o maior catalizador
do movimento parou de funcionar, e os internautas ficaram a deriva,
mesmo assim o numero de pessoas não parava de crescer. A falta de
sinal e o congestionamento da internet serviram para reduzir a
manifestação, as pessoas não conseguiam falar umas com as outras,
nem com os amigos, ou mesmo familiares, impedindo que se
encontrassem, ou mesmo que chamassem outras pessoas, para engrossar
o movimento.
O
ato de domingo - convocado
pelas redes sociais, chamou o público para uma resposta
ao movimento
feito pelas centrais sindicais na sexta-feira, onde o movimento para
defender a Petrobras e a reforma política, foi transformado num
manifesto de apoio ao governo Dilma. Os organizadores do movimento
contra a corrupção, apostaram numa virada e acertaram, a resposta
do povo foi positiva, 1 milhão de pessoas segundo a PM Paulista
repudiaram o governo e a corrupção. O público de sexta-feira,
segundo a Polícia Militar, foi de 12 mil, mas segundo os
organizadores,passou de 100 mil, mostrando que os apoiadores do
governo, acabaram dando um tiro no próprio pé. Fragilizando o
governo e as instituições que representam.
Redes
Sócias catalizaram o público- o
Movimento Brasil Livre (MBL), que protesta contra
a presidente Dilma
Rousseff, preparou um abaixo assinado e convocou os participantes a
engrossar a lista do pedido para retirada da presidente do poder. Um
caminhão oferecia camisetas com o símbolo do grupo ou com a frase
"Fora PT" por R$ 25 R$ e os manifestantes se amontoavam
para comprar. O movimento aproveitou o momento para hostilizar os
corruptos do governo e clamar por apoio a operação Lava Jato. Na
musica entoada pelo grupo, a letra incitava palavras de ordem contra
a corrupção, pedindo o Impeachment de Dilma, ato previsto na
Constituição. Outros grupos que lideram as redes sociais, se
fizeram presente, entre eles: “Quero me Defender”, grupo que mobilizou para Paulista carro de som e centenas de organizadores, que estiveram presentes orientando o público e atendendo quem precisava de orientação. No meio da avenida o movimento Vem Pra Rua, atravessou um caminhão, onde as lideranças do grupo e inúmeros artistas, se manifestaram, em solidariedade ao movimento. Outro grupo importante, que marcou presença significante na manifestação, foi do movimento que pede a intervenção militar, apesar de tachado por muitos como facção de golpistas, o SOS Forças Armadas, parece estar crescendo em meio as manifestações, cada dia que passa é mais gente engrossando o movimento.
O
Brasil em movimento - o público
começou a chegar de manhã, por volt das 10h00, no vão livre do
MASP, onde um grupo com pouco mais de 5 mil pessoas, iniciou o
movimento,
o que ninguém esperava era que aquele pequeno grupo se
transforma-se num mar de gente, protestando contra um governo eleito
democraticamente. Oportunidade para os jovens, que ouviam falar, mas
nunca puderam ver de perto o poder do povo, emanando da rua,
pacificamente, sua voz se fazendo ouvir, em protesto ao descaminho da
nação. Quem também, aproveitou a manifestação, foram os
ambulantes, muitos vieram vender faixas, bandeiras do Brasil, apitos,
camisetas entre outros; o que não faltou foi cliente. Os
comerciantes com maior estrutura, fizeram o papel das lanchonetes,
fornecendo sanduíches e bebidas, onde o cliente ainda podia optar
por pagar a dinheiro ou mesmo com cartão de crédito. Uma passeata
formada por aproximadamente Quarenta caminhões fizeram um buzinaço
na região, depois estacionaram os veículos na Avenida Rebouças,
complicando ainda mais o transito na capital.
A
Polícia Militar - foi acionada para conter um grupo de
skinheads, que portavam rojões, explosivos e soco inglês. O grupo
formado por rapazes e garotas, com 15 integrantes, fazem parte do
chamado “Carecas do Subúrbio” e acabaram detidos pela PM. Ao
contrario do que afirmavam os pessimistas, a polícia paulistana se
mostrou madura e pronta para servir, a manifestação foi conduzida
de forma tranquila, sem maiores incidentes. Boa parte da população,
fez questão de pousar numa selfy ao lado de algum polícial, talvez
para mostrar que os tempos são outros e as mudanças estão
acontecendo o Estado queira ou não. Outro fato que chamou a
atenção, as vaias dirigidas ao Deputado Federal Paulinho da Força,
quando resolveu fazer um discurso do alto do carro de som, que
apoiava o partido Solidariedade. Ao lado dele, estavam o ex-jogador
Ronaldo e a cantora Wanessa Camargo, que cantou o Hino Nacional
Brasileiro. Querendo ou não, o governo vai ter de repensar suas
ações. Reestruturar a base governista e cortar na própria carne,
acabar com a proteção aos corruptos, o partidarismo vai ter que dar
lugar a um governo sério e competente. Depois da manifestação ou o
governo se estabelece ou acaba criando uma situação insustentável
no país. PARA VER AS FOTOS DO EVENTO CLICK AQUI