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FALTA DE CICLOVIA PODE CAUSAR ACIDENTE FATAL EM SÃO VICENTE

PREFEITO TROCA CICLOVIA NA ORLA DA PRAIA POR ESTACIONAMENTO E CRIANÇAS CORREM RISCO DE MORTE

Por Klinger Branco

A Baixada Santista possui aproximadamente 168 km de ciclovias concentradas principalmente nas cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande , Guarujá e Cubatão. Porém, de todas as cidades da Baixada a de São Vicente parece andar na contra mão de direção, quando se fala, em mobilidade urbana. Situada no litoral de São Paulo, o município, ainda visto como cidade dormitório de Santos, deixa a desejar em muitos aspectos, principalmente quando se trata das ciclovias.
Os ciclistas que circulam pela cidade reclamam da falta de conservação, iluminação, segurança e principalmente da falta de continuidade em trechos importantes das ciclofaixas.
Quem passa pelo trecho da linha amarela reclama que falta segurança iluminação e uma infraestrutura adequada. No período da noite, os ciclistas viram alvo de criminosos, muitos têm seus pertences roubados e muitas vezes são coagidos mediante a grave ameaça.
O pedreiro Antônio da Silva, 45 anos, conta que já foi assaltado varias vezes e já viu outras pessoas sendo reféns da mesma situação. “ O local é pouco iluminado, falta policiamento e os bandidos circulam livremente pelas imediações, assaltando quem passar por ali”, explica.
Outro ponto importante que mostra a falta de trato com as ciclovias, fica na orla da praia do Gonzaguinha. O trecho que vai da Biquinha, percorrendo toda a orla e deveria ser integrado com a praia do Itararé, acaba bruscamente no inicio da Rua onze de Junho; dando lugar ao estacionamento de veículos em vagas demarcadas.
A administração entende que a exploração do estacionamento por uma empresa particular é mais importante que a vida dos milhares de ciclistas, que por ali trafegam, diariamente.

Risco de morte iminente

São crianças,trabalhadores e turistas, que para alcançar a Praia do Itararé, precisam transitar em meio aos carros, por pouco mais de 400 Mts, arriscando a sua vida. No local, havia uma ciclofaixa, que protegia os usuários, esta foi substituída por vagas demarcadas para exploração de estacionamento regulamentado em via pública.
Para o aposentado Valdir passos da cruz, 65 anos, a retirada da ciclovia não faz o menor sentido, uma vez que os carros estacionam dos dois lados da rua. “ não vejo a razão de arriscar a vida das pessoas para ganhar um trecho tão pequeno de estacionamento, uma vez que o movimento de carros é intenso e o risco para o ciclista é muito grande”.
Os ciclistas que transitam pela via diariamente, tinham certeza que no local, seria feita uma sinalização definitiva, demarcando a faixa com alguma lombada ou mesmo tartarugas, como usado na av. Antônio Rodrigues. Quem sofre o maior risco são as crianças que saem da proteção da ciclovia, que circunda a orla da praia e se deparam com o fim da via e continuam pela rua movimentada.
Enquanto o prefeito não toma nenhuma providencia, o povo continua arriscando a vida, pois o local é de transito intenso e disputado por motoristas e motociclistas, que não dão a minima para os ciclistas.