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O BRASIL DOS DESVALIDOS NO MAR DAS INCERTEZAS

BRASIL PASSA POR UMA DAS PIORES CRISES INSTITUCIONAIS DOS ÚLTIMOS 30 ANOS E BRASILEIRO NÃO TEM A QUEM RECORRER

Por Klinger Branco

O Brasil vive atualmente uma das piores crises institucionais dos últimos tempos, só comparada a turbulência ocorrida no golpe de 64, quando a sociedade brasileira acabou dividida entre dois grandes movimentos polarizadores, tal qual se apresenta nos dias de hoje. Em meio a esta turbulência social, criada pelo desgaste do sistema político e judiciário, diversas frentes começaram a se posicionar, diante da possibilidade da queda do atual governo. Delineando um quadro, que deve realmente culminar num golpe de estado, seja pela frente de ideologia de esquerda ou por seus opositores. Mas a pergunta que não quer calar é: o que realmente acontece no Brasil das incertezas? Como a repetir a história, estariam os brasileiros sendo conduzidos a um novo regime totalitarista. Hoje, vários segmentos da sociedade se posicionam, motivados por uma só pergunta: Quem estaria tentando ludibriar os Brasileiros? A intentona vermelha, detentora do poder e da maquina pública, que incita a população e seus asseclas a permanecer no poder mesmo as custa do sangue da nação e/ou o intitulado movimento político de direita, que oscila entre a cruz e a espada, pois também sangra em meio a escândalos de corrupção. Mas resta ainda as forças ocultas, ou melhor, a força que motivou o homem moderno e escraviza o pós-moderno até hoje “o poder econômico” que não é tão oculto assim, pois já escolheu o seu lado e apenas amplia sua frente de coalizão; silenciosamente. Tanto é verdade, que a grande Mídia, que nunca esteve do lado perdedor, joga de forma arriscada, apostando num jogo de gato e rato, onde o ganhador com certeza leva tudo, como já aconteceu no passado. 

Por outro lado, o que saiu da pauta nacional, ofuscado pela crise político institucional, foi a questão do Brasil ter sido cotado em 2001 pelo executivo da The Goldman Sachs Group Inc, Jim O'Neill , em um estudo intitulado "Building Better Global Economic BRICs", como um dos países de maior crescimento econômico da América Latina. Segundo este documento o Brasil junto com Rússia, Índia, China e Africa do Sul liderariam a economia mundial nos próximos 20 anos, tendo em vista o crescimento e a estrutura criada por este novo grupo, considerado como uma economia emergente sólida e sustentável. Mas o que realmente assustou o sistema econômico internacional foi o fato do Brasil passar por várias crises financeiras internacionais de forma considerável e a estrutura dos Brics continuar sólida, independente da situação dos países membros. Se por um lado as previsões de O'Neill pareciam se concretizar, pois no seu estudo, no máximo em 10 anos o Brasil teria um crescimento GDP de 4%, enquanto os Estados Unidos ficaria na casa dos 3%, algo histórico no mundo econômico, projetando que haveria uma grande inversão na ordem econômica mundial. Segundo o estudo, o Brics seria detentor do maior mercado consumidor dos próximos 30 anos e concentraria 23,3 % do PIB mundial. Avalizando as projeções de O'Neill, já em julho de 2015 o BRICs colocou em operação o NDB (Banco de Desenvolvimento do BRICS) constituído com um fundo inicial de 100 U$ milhões e sede em Xangai. Hoje os BRICs somam juntos 41,4% da população do planeta e detêm 25% do PIB mundial. 
Outro ponto importante dentro do cenário político mundial são as metas estabelecidas na VII Cúpula do BRICS – Declaração de Ufá, realizada em 9 de julho de 2015 na Rússia. No encontro foram discutidas inúmeras questões de ordem mundial, onde fatores econômicos e sociais foram amplamente definidos, voltando os olhos da velha ordem econômica mundial, para os países emergentes. Mas o que ninguém esperava, era por esta degradação político institucional, muito oportuna e que desarticularia a estrutura do país. Se durante 3 décadas construiu-se um Brasil Sólido e grandioso, na questão economico-social, este esteve sendo minado sorrateiramente, na sua principal estrutura, a político-institucional. Hoje o povo vai às ruas revindicar um país mais justo e livre da corrupção, sem realmente saber a quem interessa essa desarticulação política e a instabilidade constitucional. Especulações de lado, quem perde mesmo é o povo brasileiro, que mais uma vez se vê em meio a uma crise institucional vergonhosa, desacreditado do país, que nos últimos 15 anos, se mostrava capaz de liderar os Brincs, era quase autossuficiente em petróleo e ocupava um lugar confortável entre os países mais ricos do mundo, hoje vive atolado em meio a corrupção, vitima do crime organizado. O que ninguém coloca em pauta, nem procura esclarecer é a quem realmente interessa tudo isso, quem realmente perde com a desvalorização do Brasil? Quem ganha? Quanto suor não foi derramado, quanto trabalho empenhado, para que o Brasil chegasse onde chegou. No calor das intentadas, ninguém está preocupado, e o país caminha ladeira abaixo sem ninguém na direção, pois aqueles que deveriam guiar a nação estão preocupados em proteger apenas seu umbigo. Mais um 13 de março, em meio a turbulência política, um judiciário fraco e um povo embriagado, com a rua como último apelo por justiça e moralidade, só resta perguntar, onde vai parar o Brasil dos afogados no mar das incertezas, depois dessa demostração de desespero do povo Brasileiro.