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REUNIÃO NA SECULT DE SANTOS CAUSA TUMULTO NO SAMBA


Por Klinger Branco

DIRIGENTES DAS BANDAS SÃO TRAÍDOS ÀS VÉSPERAS DO CARNAVAL


Uma reunião pouco amigável, convocada pela Secult ( Secretara de Cultura) na tarde desta sexta-feira (05/01), com os dirigentes de bandas, gerou uma tremenda confusão no mundo do samba em Santos. A reunião que deveria servir para aparar pequenas arestas, já discutidas em várias audiências públicas anteriores, acabou se transformando no estopim de um grande tumulto entre os sambistas. Segundo informações da maioria dos participantes da reunião, os representantes da prefeitura parecem ter ignorado os acertos feitos nas Audiências Públicas realizadas na Câmara de Santos, onde foi acertado os parâmetros para o Carnabanda de 2019. Segundo a maioria dos diretores das bandas, presentes à reunião, o esquema imposto pela Secult, atualmente prejudica os desfiles na cidade e dificulta em excesso a realização do carnaval de rua em Santos, inviabilizando algumas bandas. Para os representantes das agremiações o poder público parece estar ignorando as comunidades envolvidas no processo, seu empenho para que a festa aconteça e o trabalho exigido das lideranças, diminuindo de forma drástica a importância cultural e sua herança comunitária. “Se antes era difícil conseguir fazer a festa; com as novas regras é quase impossível, pois a prefeitura parece ter entrado numa guerra político partidária, onde quem sai perdendo é o povo, principalmente o mundo do samba e as comunidades das periferias de Santos”. Comenta um dos diretores, que prefere não se expor, por medo de represálias do poder político envolvido no esquema. Durante o começo da noite várias lideranças do carnaval, começaram a se mobilizar, para formar uma grande comissão e discutir diretamente com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa o motivo de tamanha Mão de Ferro. Os dirigentes afirmam que sofreram um grande golpe, pouco antes da realização da festa, e não sabem de quem; por isso irão a prefeitura pedir uma audiência com o prefeito, para entender de onde veio a flechada. “Quem saiu perdendo, foi quem mais se mobilizou para melhorar a festa, os mais antigos foram os mais prejudicados, a tradicionalidade foi ignorada, frente aos interesses particulares, por isso não vamos nos calar. Vamos intensificar a nossa luta”. Afirmou um dos presentes à reunião, que não quis se identificar. Às vésperas do carnaval, quem sofre é o turista e principalmente os moradores das comunidades da periferia, que correm o risco de perder ou ter prejudicada a sua festa mais popular.