Por Klinger Branco
BOLSONARO É ATACADO PELA MÍDIA ESPANHOLA POR CAUSA DE VÍDEO MINISTERIAL EXPOSTO AO PÚBLICO
Com a crise
político-institucional provocada no Brasil pelo Congresso, Senado
,STF e Presidência da República o país é considerado no
estrangeiro como o pior gestor da pandemia no mundo. Quem afirma isso
é o jornal espanhol El país em sua edição de (25/05), no seu
editorial, onde deixa claro que os políticos brasileiros colocaram a
crise sanitária de lado para se dedicarem a uma desenfreada busca
pelo poder. Segundo o texto, o país se tornou o epicentro da
pandemia, mais esta em segundo lugar na escalada de contágios e
mortos por covid-19. A crise no Brasil não é vista por outros como
um caso isolado, mas sim de forma continental, pois a situação do
país, que tem dimensões continentais, reflete diretamente em toda a
América latina e na política mundial. Para os simplistas que acham
que isso não passa de uma crise de bastidores, o mundo deixa claro
que a escalada pelo poder ficou visível e marcou a biografia
política da nação, influenciando diretamente em questões
unilaterais. Afinal, depois da pandemia o Brasil se coloca como asegunda nação do mundo produtora de grãos e insumos agrícolas,
podendo se tornar um divisor de águas na segurança alimentar do
planeta. Segundo a visão editorial do periódico o flerte ao
golpismo desvia a atenção do que deveria ser o foco principal, a
saúde pública, pandemia de covid-19 e a recuperação economica.
Pelo visto enquanto os brasileiros descansam em berço esplendido os
estrangeiros estão mais atentos do que nunca nas estrategias
montadas no país pelos dois polos distintos que disputam o poder.
Para eles a crise institucional e profunda e o governo negocia cargos
com a oposição para se manter no poder, enquanto ensaia um possível
golpe institucional, uma vez que seu ministro da defesa já foi a
público duas vezes nas últimas semanas, afirmando que não haverá
golpe. Posição desnecessária para um país que goza de uma
democracia plena e consolidada. Outro ponto colocado de forma sutil é
o entrave entre o governo federal e a insurreição dos governadores.
O artigo colocou que as atitudes do presidente são irresponsáveis e
atrapalharam o combate a pandemia, dando um apoio velado a ideia de
alguns governadores contrários ao governo e sua política
governamental. Os insurgentes supostamente estão apoiando suas
estratégias e ações norteadas pela ciência e na posição da OMS,
deixando claro seu posicionamento ideológico e seu alinhamento com
outras estrategias de cunho político e comercial, não ligadas ao
governo brasileiro. O editorial destaca diretamente o presidente Jair
Messias Bolsonaro, ensejando que o mesmo teria interferido no comando
da Polícia Federal com o objetivo de proteger membros da sua
família e armar o povo. Ideias estas apoiada nas falas retiradas do
vídeo de uma reunião ministerial sigilosa, colocado a público pela
justiça na
semana passada. Segundo os magistrados esta revelação
pública da reunião seria imprescindível para a elucidação de uma
investigação em curso no Supremo Tribunal Federal. Num mundo
globalizado, onde a informação é algo imprescindível e
imensurável, um vídeo de uma reunião governamental permite a
outros Estados e mesmo a especuladores, alinhar ideais e criar
estratégias, visando vantagem política, econômica ou ideológica.
Difícil entender onde queriam chegar ínclitos defensores da
constituição e dos interesses da nação com esta exposição
pública de uma reunião sigilosa, de nível ministerial. Esta ação
realmente poderia contribuir com a elucidação de uma investigação
judicial. Aqui é o único lugar do mundo onde uma reunião de
Estado é aberta ao mundo pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e o
sigilo de narco traficantes, terroristas e meliantes comum são
mantidos em reserva absoluta. Enquanto isto o país caminha
polarizado em duas supostas vertentes ideológicas, uma Conservadora
e outra de Esquerda socialista. A primeira que permanecia inerte
resolveu sair do ostracismo, começando manifestações nos
principais polos urbanos, invocando a população a se posicionar,
colocando a esquerda numa posição critica. A segunda, intitulada de
socialista, agindo pelos bastidores, apoiada por forças ocultas, de
repente teve que mostrar a cara, partindo para ação imediata, uma
vez que o caldeirão esta em ebulição e os brasileiros a beira de
uma insurreição civil, divididos entre vermelhos e verde e amarelo.
Evidenciando claramente que existe uma linha muito tênue entre um
Estado Democrático e a Ditadura Regimental, elevando a Grande Nação
Brasileira ao status de Republiqueta de Bananas.