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O BRASIL DAS INCERTEZAS E O CONVEXO INFERNAL

Por Klinger Branco

O CORONAVÍRUS É MENOS LETAL QUE OS ARCANOS INCRUSTADOS NA POLÍTICA  DO BRASIL

O caos implementado pelo vírus Covid-19 no mundo parece longe de ser debelado e no Brasil a crise pode demorar para ter fim, pois acabou agravada pela guerra política que devasta o país. Se por um lado a letalidade do vírus é incontestável, por outro a ascendência de oportunistas parece não ter mais fim. Neste contexto, enquanto milhares de brasileiros morrem e outros milhões se sacrificam pela nação, uma minoria centralizada, continua aproveitando a onda de desespero e medo, para jogar o País num abismo profundo. Mas em meio a cortina de fumaça lançada no cenário apocalíptico da pandemia, uma parte dos brasileiros começam a perceber, que o Estado está desmoronando em meio a onda de ataques direcionados as suas instituições, com a finalidade perversa de enfraquecer a nação. Numa guerra de proporções inimagináveis, onde não vai sobrar pedra sobre pedra, para ninguém governar. Hoje as forças ocultas, como já foram classificadas por uma gama de signatários à frente do governo Federal, parece ter criado a “Ordem do caos”. Terreno fértil para os déspotas, onde a espera coloca os principais articuladores da nação, num salve-se quem puder, pois nessa luta desesperada para se manter no poder, muitos já se sujaram até os ossos, não tendo mais a quem recorrer. Deixando claro até para o “Cidadão Mediano”, aquele considerado como o inocente útil no jogo do poder, que ele será o sacrificado, doa a quem doer. Em meio a toda essa descrença político ideológica, gerada pelo conflito de poderes - que não se sabe a quem responde ou deve anuência – os poderosos se ajoelham num flerte com a perversão. E o povo, objeto de manobra nessa eterna autocracia, acaba polarizado, sem saber ao certo em quem acreditar. E no Brasil dos desvalidos onde parece que a única coisa que interessa é o poder, o “status quo” ao qual foi elevado o eu de cada signatário em particular, a coisa descamba sem parar, ora fomentado pela fogueira das vaidades, ora acalentado pela mídia que não sabe a quem servir. Parece que o presidente da República, Jair Bolsonaro, quando sancionou a Lei 13.979, que previa a Situação de Emergência em Saúde Pública, acabou por dar inicio a “Teoria do Caos”. Naquele momento a proposta que foi aprovada a toque de caixa pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em apenas dois dias, sem vetos presidenciais, parecia ser imprescindível para dotar o governo de instrumentos essenciais para enfrentar o que estaria por vir. Uma eventual situação de emergência pública causada pelo novo coronavírus, que ainda não havia chegado ao país, mas que povoava o imaginário de muita gente a procura da saída perfeita para o tsunami a caminho do sul. Seria a medida oportuna que caia como um salva vidas em meio a tormenta no colo do governo, ajudando o estadista a enfrentar os problemas de ordem econômica e social que estariam por vir, tais como a regra de ouro e outros inconvenientes embasados na lei de responsabilidade fiscal e a instabilidade social. Só que o tiro saiu pela culatra e os contrários a seu governo aproveitaram a brecha para se articular e impetrar sua volta ao poder. Com juristas e políticos renomados usando a Constituição apenas quando lhe convêm, o jogo até agora perdido para o Presidente Bolsonaro, começa a ser equilibrado, dando uma ótima oportunidade para o time opositor. Num jogo de gato e rato, onde o campo de batalha é a luta contra o covid-19 e a munição o número de vidas perdidas durante o processo de retomada do poder. Já os soldados convocados para luta, seriam os políticos com interesses obscuros e pendências judiciais, dispostos a salvar a própria pele, pois se a lei for aplicada por um governo limpo e desvinculado a corrupção, vai punir a todos, sem salvar ninguém. Outro ponto importante nessa guerra entre Governadores, Senadores , Deputados e Governo Federal, são as armas usadas nesta colusão imoral, a desestabilização governamental e a insegurança social, pois a regra parece clara - dividir para conquistar e depois dividir os espólios. Durante todo o tempo em que foi decretada a lei de "Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional", o cenário Brasileiro mudou. A democracia foi substituída pela autocracia e suas nuances ditatoriais. A saúde pública, que deveria ser a prioridade ficou em segundo lugar, em deferência a aplicação e direcionamento do dinheiro público, pois se antes as torneiras estavam fechadas e direcionadas sobre comando do governo federal, agora às vésperas da eleição municipal estão esguichando dinheiro público a vontade, no toma lá dá cá do convexo central. De preferência sem licitação e nenhum critério pudico, dinheiro na sua maioria entregue a empresas fantasmas e gestores incompetentes, tomando rumo ignorado na mão de muita gente inescrupulosa. O que a maioria não percebeu é que o tiro dado por Bolsonaro saiu pela culatra, colocando os contrários a seu governo em posição de se rearticular. Estes se aproveitaram para impetrar sua volta ao poder, estabelecendo a dicotomia ideológica, onde ou você é verme ou gado, não importa. O que vale é incitar a massa em direção ao caos e derrubar a democracia , desestabilizando os poderes constituídos e sua ordem legal, visando a instalação de um governo totalitarista. Mas o que apavora o Brasil dos desvalidos, onde a maioria é trabalhador “é viver em meio a criminosos, oportunistas, intelectuais medíocres e políticos sujos, pois estes últimos, vestidos em pele de cordeiro levarão a nação a miséria e estrema pobreza, visando unicamente seu interesse econômico e pessoal”. E quando acontecer, estes estarão tranquilos e protegidos pelo dinheiro acumulado por meio da espoliação do povo brasileiro, olhando de longe a devastação causada pelo caos.