Instituições rasgam a constituição instalando um caus generalizado em toda a classe política do país e senadores trocam ameaças e intimidações
Por Klinger Branco
O
palácio do governo, com a nomeação do Ex-presidente Lula à ministro da Casa Civil, na manhã de quinta-feira (17), demonstrou
claramente o desespero dos governista na condução da crise
institucional, diante das demonstrações em massa de rejeição ao
governo Dilma pelo país. Acompanhando a tendência a bancada política de
sustentação do governo começou a desmoronar e os aliados abandonam
o barco, como ratos na eminência de um naufrágio. Na rua, o povo
começa a se desesperar, diante das últimas evidências, que mostram
uma nítida disputa do poder pelo poder, onde o Brasil ficou em
segundo plano, diante do grande esquema jogado pela classe política,
onde impera um verdadeiro salve-se quem puder. Se por um lado existem
fortes indícios de corrupção e lavagem de dinheiro no governo
Federal, está
claro que isso é uma prática comum na política
nacional, uma vez que dentro do próprio senado a postura é de
protecionismo e ninguém chega a um consenso comum. Nos discursos
inflamados dos últimos dias os senadores procuram trocar ameaças,
enquanto alguns moderados, preocupados como o desfecho, tentam jogar
água na fervura. Que essa baderna institucional não se limita ao
governo do PT e seus asseclas, está claro, pois a troca de ameaças
está implícita na fala dos parlamentares. A crise se mostra muito
maior do que se apresenta, pois está arraigada em todas as
instituições, enquanto isso em nome da moralidade e dos bons
costumes a sociedade está sendo induzida a ir às ruas, fazer o que
seria obrigação do Estado e de seus representantes, limpar o Brasil da sujeira que se instalou por aqui. Se a corrupção
não fosse maior do que aparenta, os políticos idôneos e seus
companheiros de partido, já teriam se mobilizado, para neutralizar
essa prática nefasta e inconcebível que desmoralizou o país. E para
piorar, com o Brasil à beira de uma guerra civil, centenas de
políticos pegam carona na crise e incitam o povo, tirando proveito
do desespero e da ingenuidade de alguns, para sua promoção pessoal.
O povo já se posicionou, está dividido entre dois grupos
polarizadores, os ideologistas de esquerda e os desvalidos que não
tem a quem recorrer, tendo a rua como último recurso. Para a maioria
dos brasileiros, nestes dias sombrios, a luta não é apenas por
moralidade ou fim da corrupção e sim por medo de uma ideologia,
pois o que assusta o povo brasileiro mais do que a corrupção é a
ideia de um Brasil comunista. Passamos por tempos difíceis, segundo
alguns juristas e senadores da república, a crise só está começando
e tende a ficar pior, pois não vai parar por aí, as investigações
terão de continuar até o Brasil tomar um novo rumo. Nas ruas o povo
já fala em desobediência civil e a ação da Polícia Militar ao
dispersar os manifestantes da paulista na manhã de hoje, tentando garantir o direito democrático do PT de se manifestar, demonstra
que a crise está se agravando e está as vésperas de sair do
controle. Enquanto isso os vermelhos se preparam para a contra
ofensiva ao que denominam de golpe, apoiados pelas centrais sindicais, alguns governantes da
América Latina simpatizantes do governo Dilma e dos movimentos
estudantis. As lideranças do movimento de apoio a presidente Dilma
Rousseff, acreditam na adesão maciça das classes de base ao movimento
marcado para a tarde de hoje (18/03), este pode ser o episódio
derradeiro para a efetiva derrubada dos governistas, ou pode
definitivamente virar o jogo para o movimento de esquerda arraigado
no Brasil. Mostrando que o Brasil está disposto a instituir por aqui um regime socialista diferente da política republicana que esteve a conduzir a nação até agora.