"CONVENCE A CAMARA E O SENADO DE ABRIREM MÃO DOS SEUS MANDATOS. AI VEM CONVERSAR COMIGO". DESAFIOU A PRESIDENTE
Por Klinger Branco
Em meio a
um enorme turbilhão político e total falência do sistema de
sustentação dos poderes constituídos, e de uma enorme crise
econômica e social, a presidente Dilma Rousseff desafia o congresso
a abrir mão de seus mandatos em nome de uma nova eleição. Com
centenas de políticos envolvidos na operação Lava Jato,
desmoralização do supremo, troca de escracho entre os juristas e
ameaças contra a Polícia Federal, surge a presidente Dilma com um
desafio inusitado ao Congresso Nacional “renunciem seus mandatos
que eu convoco uma nova eleição”. Sem mais delongas o Deputado
Federal Bruno Araújo do PSDB, saiu na frente e aceitou o desafio,
falando publicamente que renuncia ao seu cargo se a presidente Dilma
realmente convocar novas eleições. Parece que agora a Presidente
lançou mão de um ardil controverso ao provocar e desafiar os
congressistas diretamente, chamando a todos para uma nova disputa
voto a voto. O que ela não citou é que segundo os investigadores da
Operação Lava Jato, o PT teria atualmente dinheiro suficiente para
disputar com larga vantagem eleições até o ano de 2028. Para
aqueles que apostam no descontentamento do povo e na possível queda
do PT, caso haja uma nova eleição, está lançado o desafio. Já
para os que acreditam no movimento do não vai ter golpe é a hora de
provar que os vermelhos realmente estão em maioria esmagadora e são
a massa que dita as regras no Brasil das incertezas. Em meio as
afirmações de que não vai ter golpe e as inúmeras trocas de
farpas no congresso , onde já se coloca em duvida até se o
impeachment do então presidente Collor de Mello foi realmente legal,
se atira em todas as direções para evitar a derrocada do PT. Para
alguns congressistas, que adoram se basear em preceitos legais, a
derrubada de Collor não passou de um golpe contra a democracia,
orquestrado para dissimular a roubalheira que já vem de longe
devastando o país. De carona no olho do furação, parece que Dilma
acrescentou um pouco mais de pimenta ao jogo, fazendo deste, mais um
capítulo nefasto da queda de braço, que dividiu o Brasil ao meio,
colocando em risco o processo democrático e todo o ganho social e
econômico dos últimos 30 anos.