Por Klinger Branco
CAIXA APRESENTA FILAS ENORMES SEM FISCALIZAÇÃO E COM MUITA AGLOMERAÇÃO
Em meio ao surto de
covid-19 anunciado amplamente, um fato salta aos olhos nas principais
cidades da Baixada, as enormes filas e a conglomeração na maioria
das agências da Caixa Econômica. Mesmo com as medidas restritivas e
o medo disseminado pelo poder público a população, a maioria
parece ignorar a pressão, quando se trata de por a mão na ajuda
emergencial. O dinheiro que parecia não chegar nunca é um
motivador maior que o temor de morrer por covid-19, demostrando que o
desespero e a fome falam mais alto que qualquer outra coisa. As
regras ditatoriais, enfiadas goela abaixo pelas autoridades estaduais
e municipais parecem não ter efeito, quando se trata de salvaguardar
o estômago, pois muita gente já não tem mais o que comer. O
interessante é
que nesse caso, tratando-se do sistema bancário, não
existe fiscalização de forma alguma. Ali tudo pode, aglomeração,
filas enormes, desrespeito a distância mínima, tempo de espera,
tudo é esquecido. Pois os bancos alegam que estão tendo
dificuldades por causa da pandemia. Ao passo que se outro seguimento
que não for o bancário quiser funcionar, aí a coisa muda, tem que
ter máscaras, respeitar distância, cuidados com a contaminação e
por ai vai. O que a maioria dos comerciantes não entende, é o
tratamento diferenciado, afinal a lei é para todos “todos deveriam
ser tratados como iguais perante a lei”, principalmente pelos
bancos serem uma caixa forte sem ventilação. Outro ponto bastante
discutido pela classe é que muitos Municípios possuem a famosa "Lei
dos 15 minutos", que limita em 15 minutos o tempo máximo de
espera dos clientes na fila para atendimento nos bancos e em 30
minutos nos dias de pico. Usando dessa prerrogativa um banco atende
em media, nos dias de pico, 16 clientes por funcionário, respeitando
o limite máximo. Mas quem está preocupado com isso, trabalhando com
uma margem media de 280% de juros ao ano, na maior parte das
operações de crédito e pagamentos em atraso, quem estaria
preocupado em receber pontualmente. O grande negócio consiste no
atraso dos pagamentos, cliente que não consegue pagar no prazo paga
mais caro, um negócio do outro mundo. É importante deixar claro
que cada Município possui a sua lei e não existe uma Lei Federal
neste sentido. Onde estariam os deputados e senadores que não se
mobilizam para colocar um ponto final na situação. A classe promete
se mobilizar exigindo uma reparação pela discriminação e por ser
esmagada numa hora tão difícil.