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INCÊNDIO DEVASTA PARTE DE COMUNIDADE NA ZONA NOROESTE EM SANTOS


Por Klinger Branco

FAMÍLIAS DESABRIGADAS PERMANECEM NA RUA  E  PRECISAM DE DOAÇÕES 


Cerca de 60 residências destruídas, este é o saldo do incêndio que assolou a comunidade do caminho da divisa na Zona Noroeste de Santos . O número ainda não é exato, mas até agora os lideres comunitários levantaram que aproximadamente 120 pessoas estão desabrigadas. A grande maioria idosos, crianças e adolescentes. Medo e devastação é o que sobrou da madrugada de terror causada pelas chamas, que começaram por volta das 04h00 da manhã desta segunda feira (20/04) e se estenderam até o dia clarear. Segundo depoimento dos moradores os bombeiros chegaram rapidamente e tiveram muita dificuldade para debelar as chamas. Parte da comunidade amanheceu completamente destruída o que sobrou foram cinzas e muita desolação, mas o que consola a comunidade é que ninguém se feriu gravemente. Romualdo Ribeiro da Silva
, de 65 anos, morador do local há mais de 12 anos, diz que as chamas começaram por volta das 04h00 e se estendeu até o sol raiar. Da sua casa não sobrou nada, além dos móveis, eletrodomésticos e das provisões, o morador perdeu todos os documentos. “ O incêndio começou por volta das 04h00 da manhã e todos estavam dormindo, acordamos quanto as telhas começaram a estalar e um clarão enorme podia ser visto pelas frestas, só deu tempo de juntar o pessoal e sair correndo. Não conseguimos salvar nada. Por enquanto estamos na casa de um parente, só para não ficar na rua, pois tenho medo do corona vírus”. Argumenta Romualdo. Até agora ninguém sabe apontar o que deu início ao incêndio, a maioria dos moradores afirmam que as chamas começaram nos fundos da comunidade, em uma área às margens do córrego que segue em direção a Avenida Penedo, no sentido São Vicente, mas ninguém sabe precisar exatamente a origem das chamas. Segundo informações o fogo começou nos fundos da comunidade e foi se alastrando em direção a rua, atingindo principalmente as casas de madeira que ficam na Rua Caminho da Divisa, próxima da Rua Doutor Flor Horácio Cyrillo. Cerca de oito veículos do Corpo de Bombeiros e mais cinco viaturas da Polícia Militar foram deslocadas até o local. Para o líder comunitário Esilson Ferreira do Nascimento o importante agora é abrigar as pessoas e tentar minimizar o impacto da tragédia. “Estamos arrecadando alimentos,
roupas e material de higiene pessoal, mas de imediato precisamos de comida para alimentar as pessoas, uma vez que a maioria não tem nem onde preparar os alimentos. A maioria dos desabrigados estão na rua, desorientados pela perda e não querem ir para o abrigo emergencial oferecido pela prefeitura, pois fica muito longe, lá no macuco e muita gente não tem como se deslocar ''. Comentou a liderança. Segundo Esilson toda doação é bem vinda uma vez que as pessoas não tem panelas , utensílios domésticos, roupas, praticamente nada. O endereço para doações é rua Caminho da Divisa, 38 Jardim Castelo ou no projeto Tia Egle que fica na rua Ambrosina A. C. Tolentino, 45 - Zona Noroeste, Santos – SP, telefone (13) 3322-6625. Segundo informações a prefeitura de Santos, por meio do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social deverá estar cadastrando os moradores depois do feriado e para facilitar estará disponibilizando o cadastramento no projeto Tia Egle, que fica próximo a comunidade. A ideia inicial é fornecer uma ajuda de R$ 600,00 e um auxílo moradia para os desabrigados até conseguir definir o que poderá ser feito. Tia Egle que esteve no local, ofereceu a Esilson as dependências do projeto para que os moradores pudessem tomar banho e se trocar, uma vez que muita gente não tem família próxima e nem a quem recorrer.