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BOLSONARO AFIRMA QUE OPERAÇÃO FAKE NEWS NÃO É DEMOCRÁTICA


Por Klinger Branco

BOLSONARO SAI EM DEFESA DA LIBERDADE DE IMPRENSA E DA MÍDIA  ALTERNATIVA 

A operação Fake News da Polícia Federal (PF) desencadeada ontem (27/05), autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi abordada hoje (28/05) pelo presidente da república ao sair da Alvorada. Em sua fala o presidente defendeu a democracia e disparou que a operação tem como objetivo censurar as mídias sociais e atingir quem o apoia. “Estão perseguindo gente que apoia o governo de graça. Querem tirar a mídia que eu tenho a meu favor sob o argumento mentiroso de fake news . Não teremos outro dia igual a ontem, chega, chegamos no limite”, afirmou Bolsonaro, em pronunciamento à imprensa na manhã desta quinta-feira. O presidente falou que sua equipe de governo trabalhou ontem durante todo o dia e adentrou noite a dentro para elaborar um plano de contingencia e suspensão do que o governo entende de ato irresponsável do ministro Alexandre de Moraes do STF . Para ele, as pessoas alvos dos mandados tiveram sua propriedade privada violada e sua honra atentada ao serem
surpreendidas durante a madrugada com a PF batendo em suas casas. “Nunca tive intenção de controlar a Polícia Federal, pelo menos isso serviu para mostrar ontem. Mas, obviamente, ordens absurdas não se cumprem. E nos temos que botar um limite nessas questões.” Segundo o STF o inquérito têm por objetivo apurar a existência de esquemas de financiamento por empresários e divulgação em massa nas redes sociais de notícias falsas e ofensas contra autoridades da República. Mas para Bolsonaro, é preciso que as autoridades sejam humildes e corrijam o que, por ventura, fizeram de errado até agora. “Eu já errei e me desculpei, os outros devem fazer a mesma cosia. Essa crise, que está aparecendo aí, não interessa para ninguém”, disse, pedindo que “não mergulhem o Brasil numa crise política” e usem “a sua caneta ou seu voto para o bem do nosso país”. Bolsonaro deixou claro que está aberto ao dialogo com os presidentes dos outros poderes e que respeita as instituições e criticou decisões monocráticas. “Ontem foi o último dia e eu peço a Deus que ilumine as poucas pessoas que ousam se julgar melhor e mais poderosas que os outros, que se coloquem no seu devido lugar, que nos respeitemos. Não podemos falar em democracia sem um Judiciário independente, um Legislativo independente para que possam tomar decisões, não monocraticamente, por vezes, mas as questões que interessam ao povo como um todo que tomem, mas de modo que seja ouvido o colegiado”, disse. Para a maioria da mídia independente a operação de ontem foi um atentado às liberdades individuais e à liberdade de expressão. Ideia apoiada pelo presidente em sua fala, para ele as mídias sociais são complementares à mídia tradicional e o chamado "gabinete do ódio" é uma invenção em que algumas pessoas acreditam. “Essa mídia social me trouxe à Presidência, sem ela não estaria aqui. Não gastei nada, nunca tive nada de recurso para fazer campanha, foi o povo que me colocou aqui”, disse. Já para o o ministro Alexandre de Moraes, que praticamente é relator, julgador e ofendido na ação, o chamado "gabinete do ódio" é apontado, nos depoimentos de parlamentares ouvidos no inquérito, como a associação criminosa “dedicada à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.